terça-feira, 15 de setembro de 2009
REENCARNAÇÃO - O MEDO
A palavra em hebraico para metempsicoses ou reencarnação é Gilgul Neshamot, e que significa literalmente, "a roda da alma". É devido a esta vasta roda metafísica, com almas presas em suas bordas como as estrelas às margens de uma galáxia, que precisamos verificar se estamos olhando além das aparências de um inocente punido e um culpado premiado. A "roda da alma" está em constante movimento e em suas voltas, almas vêm e vão novamente num ciclo de nascimento, evolução, morte e nascimento outra vez.
De acordo com a Cabalá, a reencarnação é intrínseca a cada um de nós e é incumbência de todos nós usar seus preceitos para intensificar os frutos de nossas vidas. Existem muitos caminhos através dos quais esta intensificação pode ser alcançada. A memória é uma delas. É também a mais difícil de ser conseguida.
O fato de que não possamos lembrar uma existência anterior não é prova maior de que vidas anteriores não existam do que o fato de não lembrar o que tomamos no café da manhã a semana passada seja prova de que nós não o tenhamos tomado. De acordo com o Zohar, a mente nunca esquece nada. Não há desaparecimento de nenhum assunto relativo à metafísica ou espírito.
"A maioria de nós passa pela vida permitindo que o nosso corpo, como robôs que eles são, assuma virtualmente cada função da vida"
Assim como os satélites hoje monitoram e gravam praticamente tudo o que se move sobre a terra, assim também é o cérebro, uma câmera que tudo vê e que grava tudo o que acontece durante a vida de seu proprietário. O problema reside, como costumam dizer os técnicos em computação, em acessar a informação. Esforço para atingir este acesso tem sido tomados através de duas maneiras dominantes nas décadas mais recentes. Um deles funciona, o outro não. O Hipnotismo é exatamente aquele que não funciona.
A hipnose ganhou grande respeitabilidade como instrumento através do qual pretendia-se provar a existência de vidas passadas ha alguns anos atrás, quando um pesquisador "fazendo a regressão" numa paciente fê-la voltar através de sua alegada vida anterior levando-a aquém de seu nascimento e surgiu o "conto do vigário". Sob hipnose, a mulher com a qual ele estava lidando, deu uma descrição detalhada de sua vida anterior na Irlanda, recordando fatos que ela não poderia ter conhecido e até falando em Gálico, língua que nunca havia estudado. O mundo ficou eletrizado com as novidades do evento, mas subseqüentemente investigações finalmente descobriram a trama inteira. Ficou esclarecido que o vigarista havia vivido do outro lado da rua da paciente quando criança. As lembranças da paciente não eram de vidas passadas mas de sua tenra vida na infância.
A hipnose em seu senso formal, nunca pode produzir uma experiência verdadeira fora do corpo. Uma vez que o indivíduo esteja fora do corpo e não mais governado pelos preceitos do tempo, espaço e movimento, ele tem acesso ao tempo que não é governado por este plano de existência. O indivíduo sob hipnose pode sentir uma dissociação com o corpo, mas ele ainda responde as perguntas e sugestões de seu inquiridor.
Somente se houver o completo subjugamento do corpo físico, uma negação completa da sua existência, pode ser realizado o conhecimento de vidas passadas.
Um método que funciona é a meditação cabalística. Existem formas e variações suficientes de meditação cabalística para preencher muitos livros mas uma abordagem mais genérica pode incluir o seguinte:
Para iniciar, despenda alguns minutos silenciosamente perguntando, "O que eu desejo?" O processo de perguntar conscientemente irá conduzi-lo ao controle da mente e abrir as portas de uma consciência mais elevada.
A maioria de nós passa pela vida permitindo que o nosso corpo, como robôs que eles são, assuma virtualmente cada função da vida, mas existe uma alma interior e com muito pouco esforço ela pode assumir o controle. É muito parecido com o homem que leva seu cão para passear. O cão se não for trazido nos calcanhares do dono, caminha à sua frente e parece estar liderando a caminhada, mas ele constantemente para e olha para trás para ter certeza de que seu mestre o está seguindo. O mesmo se aplica a alma e ao corpo, e apenas com um pouco de determinação, a alma pode deixar o corpo para uma jornada no tempo.
Mesmo sem o uso da meditação, entretanto, nossas vidas estão repletas de pistas sobre o que aconteceu no passado e uma das mais comentadas destas pistas, é a experiência do medo. A maioria de nós é perseguida por um ou mais irracionais e infundados tipos de medo.
Altura nos provoca vertigens, lugares apertados nos afligem com pânico claustrofóbico. A teia de uma grande aranha nos deixa trêmulos. Esta fobia no caso de alguns desafortunados indivíduos se torna tão intensa, fundindo-se numa grande pantofobia incapacitando suas vítimas até de sair de suas casas.
Uma meditação para superar algum tipo de fobia pode começar com a questão, "Por que eu realmente tenho este medo?" O simples ato de fazer a pergunta planta a semente da resposta. Mas o que está oculto não é a informação em si mesma. O que está oculto é o desejo de fazer a pergunta. Ponha-a para fora e você irá começar a fazer progresso aliviando o medo pela lembrança daquilo que o causou. Reviver é aliviar.
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